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Falperra

Portugal, Braga

Falperra

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FALPERRA (BRAGA)

Situa-se no remate de um esporão rochoso com altitude máxima de 563, desfrutando de ampla panorâmica sobre a cidade de Braga e todo o vale envolvente.
Imóvel de Interesse Público (Decreto nº. 40361, de 20-10-1955 e Decreto nº. 251/70, de 3-6).

 

DESCRIPCIÓN

No topo da elevação da Falperra desfruta-se de ampla panorâmica e elevada defensabilidade natural, razão pela qual existe um importante povoado da Idade do Ferro, com recinto muralhado. Em época romana o valor estratégico é reforçado pelo modo como domina o traçado de “duas importantes vias romanas (a via XVI e a que seguia para Emerita Augusta por Tongobriga e Egitânia), sugere que poderia desempenhar um papel importante de controle da região a sul da cidade, facto que terá justificado uma manutenção, pelo menos residual, de ocupação do povoado” (Carvalho, 2008: 263).


Com a monarquia sueva a ocupação humana do alto da elevação retoma dimensão e importância, embora os contextos sejam muito mal conhecidos. Pelas escavações arqueológicas feitas na década de sessenta documentaram-se dois edifícios, além de outros de menores dimensões, todos rodeados pelo que seria uma imponente muralha.


Embora a documentação da escavação tenha sido divulgada de modo parcelar e as plantas sejam muito esquemáticas, distingue-se um conjunto edificado que se dispõe de forma adaptada ao relevo acidentado do local, ou seja, em diferentes terraços. Merece destaque o edifício rectangular dividido longitudinalmente em dois corpos de distintas dimensões. O mais amplo (40m x 14m) parece corresponder à aula palatina, que ao lado tem um edifício que apresenta um sistema de contrafortes exteriores e uma área interna delimitada por uma alinhamento de pilares ao centro, formando uma nave ampla (25 x 16m) que termina em ábside semicircular feita com um aparelho de construção muito bem acabado. O sistema faz lembrar o dos complexos palatinos que terão pleno desenvolvimento em época visigoda, nomeadamente Recópolis, o que advoga para uma possível reforma durante o século VII.


Todo o conjunto parece ter sido abandonado de forma súbita, documentando-se uma situação de incêndio.

 

CRONOLOGÍA

Objecto de intervenção arqueológica publicada apenas de forma sumária (Sousa, 1970) dirigida por Rigaud de Sousa, Russell Cortez e Arlindo da Cunha na década de sessenta do século XX. Durante os anos oitenta, decorreram escavações dirigidas por Manuela Martins, mas centradas essencialmente no faseamento cronológico das ocupações da Idade do Bronze e Idade do Ferro.


Estas escavações documentam uma longa ocupação que se inicia no Calcolítico e prossegue, com interrupções, até à Alta Idade Média.


Na fase suevo-visigótica, existem materiais que testemunham uma ocupação entre o século V (terra sigillata clara D) e o VII (fivelas de cinturão), estando o conjunto edificado muito próximo do grande complexo de Recópolis, pelo que terá um grande programa construtivo situado nos finais do século VI ou inícios do VII. Contudo, esta última fase de ocupação terá uma curta duração, sendo abandonada no decurso de um incêndio.


De notar que a área arqueológica não é hoje visível. No topo encontram-se várias estruturas, mas pertencentes à ocupação da Idade do Bronze e da Idade do Ferro, como testemunhos mais significativos.

 

    Tour Location

    41.514706, -8.394899
    Otros monumentos y lugares a visitarPovoado fortificado de Santa Marta das Cortiças, no topo do monte; A meia encosta localiza-se o santuário da Falperra; Monumento a N. Sr.ª da Assunção.
    Patrimonio
    natural
    Recreaciones históricasNão
    Fiestas de interés turísticoProcissões ao alto do Sameiro são realizadas no primeiro Domingo de Junho, no último Domingo de Agosto e a 8 de Dezembro.
    Ferias
    Oficina de turismoBraga
    Guías especializadasNão tem
    Visitas guiadasNão tem
    AlojamientosVárias opções na cidade de Braga
    Restauración
    Artesanía
    Bibliografía
    Vídeos
    Web
    Monumento o lugar a visitarComplexo palacial e basílica
    EstiloSuevo-visigótico
    TipoÁulico e religioso
    ÉpocaSéculos V-VI
    Estado de conservaciónDestruído
    DirecciónA menos de 3km da cidade de Braga, com acesso pela EN309, direcção Sameiro.
    Coordenadas GPSLat. 41,5145; Long. -8,395
    Propiedad, dependenciaParóquia de Braga
    Posibilidad de recibir visitas de público en general o solo especialistas
    Sim
    Necesidades de conservación
    Sim
    Horarios y condiciones de visita
    Não tem
    Importe entrada
    Não tem
    Trabajos de investigación en realización
    Não tem
    Accesibilidad Bom
    Señalización si está inscrito en la ruta
    Não
    Bibliografía
    - ALMEIDA, C. A. F. (1973) Notas sobre a Alta Idade Média no Noroeste de Portugal – época paleocristã. Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto nº 3, Porto, p. 113-136.
    - CARVALHO, Helena (2008) O povoamento romano na fachada ocidental do Conventus Bracarensis. Tese de doutoramento em Arqueologia apresentada à Universidade do Minho
    - FONTES, Luis (1992). O Norte de Portugal no Período Suevo-Visigótico. Elementos para o seu estudo, Actas XXXIX Corso di Cultura Sull'Arte Ravennate e Bizantina, (Ravenna, 6-12 Aprile 1992), Edizioni del Girasole, Ravenna, pp. 217-248
    - SOUSA, Rigaud (1970), A Estação Arqueológica Da Falperra, Arquivo De Beja, vols. XXV-XXVH, Beja [separata com numeração própria]
    Vídeos
    WebMonumentos.gov.pt
    LocalidadBraga